sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ventos de Agosto


Tudo continua. De uma forma estranha e incongruente parece que as coisas estão no lugar certo, na hora certa e pras pessoas certas.

A estagnação, neste caso, é apena minha.


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A ignorância das pessoas é proporcional a sua incapacidade de compreensão. Ou de quanto seus bolsos estão recheados de dinheiro.

[uma regra que tem suas raras exceções]


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O sol brilha lá fora. E eu fechada numa sala onde só uma leve claridade espectral consegue chegar.

Chega a ser desumano.


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Quando a gente acha que conheceu tudo sobre uma pessoa, ela sempre aparece pra derrubar as conclusões.

Quando a gente acha que se conhece direito, sempre aparece uma pessoa pra nos mostrar o contrário.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um sonho de liberdade


Hoje as coisas parecem mais fáceis do que o normal. É como respirar ou piscar. Natural e involuntário.
Eu não posso mais controlar as mudanças, nem o rumo para o qual elas podem me levar. Estou de mãos atadas e de olhos vendados, seguindo por um caminho que me parece muito convincente e feliz.
Não parei de pensar nas coisas maravilhosas que ocorrem ao meu redor, mas consequentemente me voltei pra questões mais pessoais, interiores e de certa maneira muito mais significantes pra mim.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Goin’ to heaven


Eu gostaria que você me perdoasse pelos erros que cometerei.
[sim, não são apenas num futuro hipotético; cada dia mais as hipóteses se tornam verdades, por contraditório que isso lhe pareça...]
Sinto que devo lhe dizer tudo aquilo que me machuca, antes que realmente possa lhe machucar também.
[e não pense que é bondade minha; é apenas auto-preservação, porque sei que a minha dor é proporcional a sua.]
Quero que as coisas dêem certo. Não importa se você estiver lá, cá, ou aqui comigo. As coisas têm que dar certo por pura lógica natural. E, apesar da lógica nunca ter sido meu forte, as coisas se encaminham pra um rumo que se torna feliz pra nós.
[percebe o preenchimento do vazio com nós?; sim, eu sinto que esta palavra diz muita coisa sobre um quase nada que nunca começou.]
Consola-me perceber que dentro de alguns anos o que sentimos um pelo outro não acabará – porque não se acaba com companheirismo, meu caro. Aquela paixão inflamável de todos os outros nunca foi uma realidade em nossas vidas, e acho que é por isso que o tempo nunca consumiu com o combustível dela. A gente vai estar sempre assim, talvez mais, talvez menos, mas sempre companheiros.
Talvez isso seja pedir um restinho do que poderia vir a ser; mas não é meu forte arriscar tudo por alguns momentos/meses/anos de loucuras românticas.
Eu sei que me estendi demais; sempre me estendo quando o assunto me parece natural.
E nós somos naturais; de uma maneira muito nossa, a gente gosta de estar um na companhia do outro.
[acho que é por isso, a despeito de tudo, que quando escuto sua voz é como se fosse o paraíso.]