Assim como o ser humano possui vários estados de consciência, suas palavras podem ser encontradas em várias fases.
As palavras, sejam elas repetidas ou inventadas, estão entre as verdades verdadeiras e as mentiras mentirosas. Alcançar as extremidades é muito raro: poucas coisas são absolutas. Arrisco a dizer que as mais comuns são as verdades mentirosas e as mentiras verdadeiras.
Nas verdades mentirosas quase todos acreditam. Ou ao menos se permitem acreditar. Soam como a essência do mundo, mas nos deixam de uma forma leviana. São repetidas através dos tempos e pouco contestadas.
Já as mentiras verdadeiras são mais complexas: nos atingem como projéteis, e, como tais, nos marcam fundo, impregnando nossos corações. Aparecem nas doutrinas dos excêntricos, nos rabiscos dos gênios, nas idéias dos loucos. Estão presentes em tudo, apesar de poucos aceitarem este fato.
E como boas palavras, tudo o que escrevi é uma grande mentira verdadeira. Simples assim.