terça-feira, 26 de maio de 2009

Sorry man


Eu já disse que sentia muito? Nunca fui de rever o que faço, não é? Mas eu sinto - por tudo.
Acho que é sempre mais fácil analisar o que foi feito depois de um tempo; parece-me que as horas passam e deixam um pouco mais de bom-senso. Não que isso resolva muita coisa agora. Mas pelo menos eu sei que poderia ter sido diferente.
Tem vezes que eu me sinto como a expectadora de minha própria vida, apenas assistindo de camarote as coisas acontecerem - ou deixarem de acontecer, o que é mais comum.
Sei que se você estivesse aqui ao meu lado talvez isso fosse diferente. Você não escolheria por mim, é claro, mas com certeza não me deixaria afundar em morbidez a cada semana.
Meus sentimentos depressivos - aqueles que tanto me machucam mas que me trazem encanto, segundo você - se alternam como se estivessem em uma roda gigante. E adivinhe quem é o motor que alimenta estas subidas e descidas?
Mas eu dependo de você; dependo de uma forma quase parasita e ameaçadora. Dependo porque é estranho pensar num futuro sem que sua figura esteja lá, presente.
Eu dependo. Talvez não exatamente de você, mas do estímulo que você representa aos meus sonhos.
E sinto muito por não ser recíproco.

2 comentários:

jls disse...

Nossa Sam...! Realmente esse seu texto me tocou profundamente... como se aranhace minha carne de uma maneira dolorida e sádiaca... Amei!

Noah Black disse...

a mim é estranho pensar que um outro ser possa ser tao importante a nós que não seja nós mesmo, sabe? Mas parece-me que é necessário, porque é mais fácil se equilibrar numa base do que num ponto.
um castelo de cartas é feito pelo equilibrio de duas cartas inicias, e não de uma se equilibrando sobre a outra.
E tem gente, Sam, que é feito para estimular os demais. E eles ficam felizes em não ser recíproco, porque a estabilidade parte de deles e este é o seu papel. Então, não sinta... apenas sinta essa força.

beijos