Antes o tempo era apenas uma constatação, ultimamente ele tem sido uma preocupação.
Sempre achei o frio bonito. Depois deste mês, ele passou a ser uma realidade dolorosa.
São as coisas repetidas que mais me abalam; aquelas verdades que aparecem diversas vezes em minha vida e que bordam ao meu redor um padrão nada concreto e muito desconcertante.
Tragam-me verdades diferentes, desta vez.
Eu aprendi a perdoar os fracassos dos outros depois de perceber que os meus são insuportavelmente mais difíceis de serem perdoados.
Esses dias eu me perguntei quem choraria no meu enterro
[não um futuro, mas num agora hipotético.]
Descobri que não quero pagar pra ver isso.
Ontem a noite eu me peguei olhando meu céu particular. Fiquei absorta por breves segundos numa esfera totalmente minha e de mais ninguém.
Acho que não conseguiria, jamais, perder estes momentos comigo mesma.
Eu sei lá o que eu tinha imaginado à respeito daquelas figuras pálidas que não passavam de nomes em minhas lembranças.
Mas com certeza não foram sorrisos tão familiares num domingo pré-apocalipse.
Eu sinto falta das pessoas bem mais do que deveria ou do que estas pessoas mereceriam. Mas não quero reencontra-las; não quero voltar a vê-las.
Melhor guarda-las na minha lembrança do que perceber que elas já não existem mais.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
::shiver::
Você tenta viver em um dia tudo aquilo que não conseguiu viver em seis meses.
Então para e percebe que não é capaz de fazer nada pra mudar o tempo que passou.
E isso te assusta de uma maneira inexplicável.
Então para e percebe que não é capaz de fazer nada pra mudar o tempo que passou.
E isso te assusta de uma maneira inexplicável.
domingo, 5 de julho de 2009
Candy
O doce da saliva descia pela garganta causando uma sensação de conforto naquela manhã fria. Sim, eu sei o que você acha sobre doces de manhã cedo e sobre a minha saúde [mental e física] após comê-los.
A bala na minha boca grudou no dente logo no finzinho – e eu não podia fazer nada para retirá-la dentro do ônibus. Era daquelas que grudavam e não saiam mais, e o jeito era deixar que derretesse ali, sem nenhuma pressão que não fosse a da saliva.
E então pensei em você. Não porque estivesse preocupada com a saúde, mas porque aquela bala me lembrava muito você.
Você estava ali, preso na minha vida – e por nenhuma pressão que eu pudesse fazer você sairia. E, ao mesmo tempo que me fazia mal, me causava uma sensação enorme de felicidade.
Sim, eu sei o que você pensa sobre os doces. E você sabe o que eu penso. Talvez seja uma comparação infeliz do seu ponto de vista, mas do meu, não existe forma mais agradável de pensar em você do que esta.
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