Sabe quanto dura um instante?
O suficiente para tudo passar,
Para muito acontecer,
Para muito se perder.
~oOo~
O hoje antecede o desconhecido.
O futuro que vem,
vai-se
e vira passado.
E nada mais importa, senão
um breve sorriso de adeus.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Verdades da sexta-feira
E a origem de todas as questões cansativas surgiu naquela tarde quente, entre a dormência e a fome...
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
De Fausto
O que foi, torna a ser. O que é, perde existência.
O palpável é nada. O nada assume essência.
O nada ao meu redor realmente ganhou essência. E está me sufocando.
O palpável é nada. O nada assume essência.
O nada ao meu redor realmente ganhou essência. E está me sufocando.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Mudanças
Tudo aquilo dizia que hoje seria um dia de mudanças... Tudo o quê?, pensei enquanto olhava pela janela do quarto andar.
Desde o começo do ano eu estava praticando o desligamento: tentava me desprender de tudo o que eu sabia que não duraria para sempre (mas o que dura, afinal?). Isso se mostrou eficiente na formatura e na tão difícil passagem de escolar para universitária. Consegui disfarçar muito bem o sentimento de perda, e subistituí por uma falsa empolgação que eu sabia que hora ou outra acabaria. Ainda não acabou, antes que você se pergunte. A empolgação se transformou em um sentimento verdadeiro. E que tudo isso seja perfeito enquanto dure! Amém.
Como uma folha ao vento (desculpe a metáfora desgraçada, mas é exatamente assim que eu me sinto)... Livre dentro do possível e errôneo conceito de liberdade, indo de lá pra cá sem um ponto fixo. Mas até quando eu conseguirei agüentar isso, eu me pergunto.
Encontrar a verdade da vida não é uma questão de pesquisar o que acontece ao nosso redor, mas é uma questão de auto-conhecimento. O eu interagindo com o externo e não contrário...
->Trecho retirado da Coletânia de coisas Perdidas e postado no site Laranja da guria de cara amarela <-
Desde o começo do ano eu estava praticando o desligamento: tentava me desprender de tudo o que eu sabia que não duraria para sempre (mas o que dura, afinal?). Isso se mostrou eficiente na formatura e na tão difícil passagem de escolar para universitária. Consegui disfarçar muito bem o sentimento de perda, e subistituí por uma falsa empolgação que eu sabia que hora ou outra acabaria. Ainda não acabou, antes que você se pergunte. A empolgação se transformou em um sentimento verdadeiro. E que tudo isso seja perfeito enquanto dure! Amém.
Como uma folha ao vento (desculpe a metáfora desgraçada, mas é exatamente assim que eu me sinto)... Livre dentro do possível e errôneo conceito de liberdade, indo de lá pra cá sem um ponto fixo. Mas até quando eu conseguirei agüentar isso, eu me pergunto.
Encontrar a verdade da vida não é uma questão de pesquisar o que acontece ao nosso redor, mas é uma questão de auto-conhecimento. O eu interagindo com o externo e não contrário...
->Trecho retirado da Coletânia de coisas Perdidas e postado no site Laranja da guria de cara amarela <-
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Indagação II
As pessoas não deveriam voltar descansadas de um feriado?
E ela voltou a segurar o livro entre os dedos fatigados.
E ela voltou a segurar o livro entre os dedos fatigados.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Dissonância
Os pés avançaram pelas calçadas numa velocidade própria. Direito. Esquerdo. Leves foram as batidas que eles pronunciaram no chão. Como palavras silenciadas em um momento de euforia.
E o céu? Diria que a luz emitida pelo Sol não conseguiu produzir seu efeito mais devastador, e tudo continuou levemente esbranquiçado. A claridade que venceu aquelas barreiras de vapor pintou o dia de delírio.
E o espírito seguiu a vontade que nascia de algum lugar onde o interno se funde com o externo. Sem palavras. Não havia nada para ser dito. Nada de importante conseguiu se formar na ponta da língua. Os lábios foram os carcereiros dos murmúrios e das frases desconexas. Tão rosados como deveriam ser..UMA COR.amarelo
No coração da cidade estavam estendidas as barracas. Velhos hábitos. Novos motivos.
.UMA SENSAÇÃO.
confusão
E todas as máscaras se misturaram. Deus & Ciência expostos sobre uma mesma lâmina de madeira forrada. Verdades prontas para serem destruídas. Conceitos prontos para serem abalados. Mas os pés continuaram, a despeito de qualquer pedido dos olhos e da atenção. Eles seguiram pelas pedras disformes, como se já soubessem onde queriam chegar.
.UMA PALAVRA.
destino
E tudo se fez de dúvidas quando eles pararam. As mãos seguiram o impulso inconsciente de tomar aquelas folhas nas mãos. Não como o personagem descrito entre mil e um adjetivos na orelha da capa, mas como uma curiosa. A menina não roubou o livro naquela tarde. Pagou por ele com uma palavra dúbia.
.UMA HESITAÇÃO.
vale à pena?
O dinheiro foi entregue e os pés continuaram seu percurso até um banco. Descansaram mais um pouco, enquanto milhares de palavras se formavam na mente. Entre elas o arrependimento.
Livro e vontade se fitaram por um momento. Uma queda-de-braço. Um sorriso brotou entre os lábios e a vontade se calou. Quem ganhou? Os dois.
As mãos apertaram o livro com mais força.
.UMA CERTEZA.
ela não ia se arrepender
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Desconto
No outro plano, depois de desencarnar, conversando com meu mentor espiritual (que é alto, forte, tem cabelos escuros e olhos azuis pálidos e é muito sexy!).
Mentor espiritual: Ah, vejo que o seu espírito estava encarnado em um corpo feminino, Samanta.
Eu: Sim - olho orgulhosamente para ele.
Mentor: Bem, se é assim, você tem o desconto de 33% de seus pecados.
Eu: Nossa! Tudo isso?
Mentor: Claro. São 30 dias por mês, aproximadamente dez dos quais você sofreu entre os distúrbios da TPM e a menstruação em si. Multiplique isto por todos os anos de sua vida em que seu corpo continuou com o ciclo. É justo.
Eu: Eu não sabia que era preciso calcular porcentagem aqui no plano espiritual também. Devia ter aprendido isso enquanto estava viva....
Mentor: Sem stress - sorri e pisca um olho. - Pra isso usamos o nosso conselheiro matemático. - Aponta para um homem velho com os cabelos brancos e arrepiados. - Diga olá para o Albert, Samanta.
Eu: Este é o Einstein??!! - Olho de um para o outro espantada.
Mentor: Sim, é claro. Ou melhor: este é o espírito dele.
Eu: Puxa... Relegado a fazer cálculos de porcentagem, heim? Que limbo...
Mentor: Isso não vem ao caso agora, Samanta. Seu desconto já foi feito, siga pela fila de checagem de saldo em sua missão na Terra. - Entrega um ticket nas minhas mãos - Boa sorte.
Eu olho para a fila e suspiro.
Mentor espiritual: Ah, vejo que o seu espírito estava encarnado em um corpo feminino, Samanta.
Eu: Sim - olho orgulhosamente para ele.
Mentor: Bem, se é assim, você tem o desconto de 33% de seus pecados.
Eu: Nossa! Tudo isso?
Mentor: Claro. São 30 dias por mês, aproximadamente dez dos quais você sofreu entre os distúrbios da TPM e a menstruação em si. Multiplique isto por todos os anos de sua vida em que seu corpo continuou com o ciclo. É justo.
Eu: Eu não sabia que era preciso calcular porcentagem aqui no plano espiritual também. Devia ter aprendido isso enquanto estava viva....
Mentor: Sem stress - sorri e pisca um olho. - Pra isso usamos o nosso conselheiro matemático. - Aponta para um homem velho com os cabelos brancos e arrepiados. - Diga olá para o Albert, Samanta.
Eu: Este é o Einstein??!! - Olho de um para o outro espantada.
Mentor: Sim, é claro. Ou melhor: este é o espírito dele.
Eu: Puxa... Relegado a fazer cálculos de porcentagem, heim? Que limbo...
Mentor: Isso não vem ao caso agora, Samanta. Seu desconto já foi feito, siga pela fila de checagem de saldo em sua missão na Terra. - Entrega um ticket nas minhas mãos - Boa sorte.
Eu olho para a fila e suspiro.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
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